sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Os números da greve - versão calma

O Secretário e o Secretário (espécie de Dupont e Dupont, com menos charme) chegaram finalmente à contabilização final dos números da greve, depois exaurirem o sistema informático com perguntas, já de si muito sobrecarregado com a entrega dos objectivos individuais. Claro que o senhor do SIStema informático que recebia os objectivos não é o mesmo que recebeu as perguntas do Secretário e do Secretário, porque o primeiro tinha um nome estrangeiro - Noreply - e o segundo era português de Angeja, mas isso pouco importa.
Importam os números: verificou-se que entre as 6 e as 7 da manhã apenas 37% dos portugueses professores estavam em greve, 23 % tinham acabado de se deitar, 19% dormiam profundamente, 5 % reformaram-se nesse preciso instante e 16% tinham ido à casa de banho fazer chichi e ainda não tinham declarado na altura a sua expressa intenção de fazer greve.
Para o período entre as 8 e as 19 horas não foi possível encontrar dados no computador, por negligência grave e falta de empenho dos professores que nas escolas deviam ter introduzido os dados no dia da greve, isto segundo afirmações do Secretário e do Secretário, que também afirmaram que a adesão à greve nesse período devia ter rondado os 2,5%, o que não fez subir a inflação e a manteve dentro dos níveis previstos pelo governo.
Entre as 19 e as 24 horas a adesão à greve foi ainda menor, rondando o nível mais baixo da Europa Comunitária dos Professores: 1,72%. 2, 28 dos professores encontrava-se a ter formação de formadores; 45% formação de avaliadores, 41% estava em consulta psiquiátrica, 5% esperavam sentados para serem avaliados e os restantes 5% andavam a monte.
Não há como negar a exactidão dos números apresentados, segundo o Secretário e o Secretário, "é para isso que temos computadores", disseram, "e informática", acrescentou o Sr. Magalhães, que fazia a segurança do edifício.
PS: Está por apurar se a Madame Min é na realidade o Capitão Haddock.

1 comentário:

Maria Lisboa disse...

Mesmo assim foi um exagero. Ainda havia dúvidas sobre se os que foram à casa de banho iriam entregar um atestado por dor de barriga ou iriam aderir à greve o que poderia alterar os resultados finais. Por isso, aumentou-se o prazo legal para justificar todas as cólicas que pudessem vir a existir.

Bj

Ps: não sei bem em que situação eu estava... talvez andasse a monte...